A praia de Omaha foi uma das praias onde os aliados desembarcaram em 6 de junho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Aliás, se você quiser saber mais sobre esse dia histórico, confira nosso post As Praias do Dia D – Normandia.
Sempre que se fala nas praias do Dia D logo vêm à lembrança aqueles filmes de guerra onde soldados aliados desembarcam sob fogo intenso dos alemães.
O Resgate do Soldado Ryan, por exemplo, é um desses filmes. Tiros vindo de todos os lados, bombas explodindo e mandando para os ares as embarcações que carregavam os militares; gritaria, caos, soldados correndo, e morrendo, enquanto tentavam avançar em meio ao fogo inimigo.
Pois foi exatamente na praia de Omaha onde tudo isso aconteceu. E é sobre ela que falaremos neste post.
Os aliados dividiram a costa da Normandia em cinco praias. Utah e Omaha foram as praias designadas para desembarque dos americanos. Britânicos e canadenses, por outro lado, desembarcaram nas outras três, Gold, Juno e Sword.
Aliás, cada uma dessas praias tem lugares incríveis para visitar. E você pode conferir tudo isso em nosso post As Praias do Dia D – Normandia.
Entretanto, em nenhuma delas os soldados sofreram tanto quanto na praia de Omaha. Portanto, não é à toa que essa é a praia mais visitada dentre as praias do Dia D.
Então continue a leitura e curta aqui os principais pontos de visitação na praia de Omaha.
- Pointe du Hoc
- O Cemitério Americano da Normandia
- Museu Overlord
- Museu Memorial Omaha
- Monumentos
- Onde comer
Pointe du Hoc
Pointe du Hoc é uma falésia de cerca de 30 metros de altura, que se projeta sobre o mar, proporcionando, portanto, uma visão privilegiada da praia de Omaha. Por isso ela tinha uma importância estratégica para as defesas alemãs. Portanto, era imprescindível que os aliados tomassem essa posição no Dia D.
Então ali se desenrolou um dos capítulos mais incríveis do desembarque. Soldados tiveram que escalar aquelas falésias, enquanto alemães simplesmente disparavam do alto enquanto eles escalavam.
Pois é, e tudo isso é contado num pequeno museu, onde se pode assistir vídeos que contam a história daquele combate. O museu, aliás, fica bem ao lado do estacionamento, a cerca de 700 m do ponto da escalada propriamente dito.
Percorrendo esses 700 metros entre o museu e Pointe du Hoc, há um memorial em homenagem ao Tenente Coronel James Earl Rudder. Afinal de contas, esse foi o oficial que comandou a tomada daquela posição.
Ainda hoje se vê e, aliás, é possível até entrar, nas crateras deixadas no solo pelo bombardeio dos aviões e navios durante o desembarque. Além disso, a gente pode entrar também no que restaram dos bunkers alemães que eram os alvos desses bombardeios. Eram esses bunkers que defendiam aquela posição.
O Cemitério Americano da Normandia
Você pode estar se perguntando: “um cemitério, atração turística?!”. Pois é isso mesmo. Mas por mais estranho que possa parecer, esse é um ponto imperdível numa visita às praias do Dia D. Por isso, não deixem de conferir em breve nosso post específico sobre o Cemitério.
De fato, milhares de pessoas o visitam anualmente. Afinal de contas, as mais de 9 mil cruzes que marcam o local de sepultamento dos militares, todas perfeitamente alinhadas, por si só já impressionam.
Além disso, o cemitério tem painéis enormes que contam a história do desembarque, bem como da Batalha da Normandia. Essa foi a batalha que se seguiu ao Dia D.
O cemitério fica na praia de Omaha, próximo à cidade de Colleville-sur-Mer. Entretanto, não é possível acessá-lo pela praia. O acesso se dá de carro, em 5 km pela estrada.
Museu Overlord
Overlord era nome da operação de invasão e retomada da Normandia. E esse museu conta a história de toda a guerra. Ele é bem novo, pois foi inaugurado em 2013. A cerimônia de inauguração, aliás, contou inclusive com a presença de veteranos do desembarque.
Outro fato interessante, no segundo aniversário do museu, ele recebeu 18 atores da série Band of Brothers. Essa famosa série de TV retrata o desembarque e a batalha da Normandia. Além dos atores, também se fizeram presentes veteranos de guerra que realmente participaram das batalhas
Por meio da exposição de inúmeros objetos e documentos relacionados ao conflito, o museu conta a história das batalhas até a liberação de Paris. Em outras palavras, é um museu incrível e que dá uma visão bem detalhada sobre a cronologia dos acontecimentos.
Além disso, lá o visitante pode ver réplicas e veículos de combate reais, além de aeronaves e armas e inúmeros documentos. Por fim, vários bonecos dos soldados equipados, conjugados com a iluminação e a sonorização toda especial, colocam o visitante no clima do desembarque.
Da praia de Omaha até o museu são cerca de 4 km. E ele fica no caminho para o Cemitério Americano, então dá pra conciliar os dois.
Museu Memorial Omaha
Com 1.200 metros quadrados de área, esse museu fica bem na praia, a 300 m da areia. Por meio da exposição de uniformes, mapas e utensílios utilizados pelos soldados o visitante pode conhecer o dia a dia dos soldados durante as batalhas.
Além disso, o visitante também pode assistir a um vídeo comentado pelos próprios veteranos que desembarcaram naquelas areias. Não é incrível?!
Monumento à Praia de Omaha
Além dos museus, a praia de Omaha é repleta de monumentos. No principal ponto de chegada, por exemplo, existem dois monumentos. Um construído em concreto, para marcar o histórico Dia D, onde se pode ler: “As forças aliadas que desembarcaram nesta praia a qual eles chamam Omaha libertaram a Europa – 6 de Junho de 1944”. Este fica na calçada, beirando a areia da praia.
Atrás dele, já na areia mesmo, há uma escultura chamada “Les Braves”, da escultora francesa Anilore Banon. Construída em metal, essa escultura é constituída de três partes:
“As Asas da Esperança”: para nos lembrar que o espírito que moveu aqueles homens naquele dia histórico nos permite mudar o futuro.
“Erga-se, Liberdade!”: para nos lembrar a sempre nos mantermos firmes contra todos os tipos de atos bárbaros.
“As Asas da Fraternidade”: para nos lembrar que o sentimento de irmandade que permeou aqueles homens deve sempre se fazer presente para com os outros tanto quanto entre nós mesmos.
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Esse é o principal ponto de chegada na praia de Omaha. E o visitante conta com estacionamento em ambos os lados dele. Ali se podem ver flores que familiares e descendes daqueles militares ainda hoje deixam em memória dos seus. E ele é ladeado pelas bandeiras dos países aliados. Além das bandeiras dos aliados, até a da Alemanha está lá. Afinal de contas, jovens soldados alemães também perderam vidas naquelas batalhas.
Monumento à Guarda Nacional
A 2 km do Monumento à Praia de Omaha, seguindo pela beira da praia no sentido oeste, chega-se ao Monumento à Guarda nacional. Pra quem quer ir apreciando a vista à beira-mar pode ir curtindo o trajeto a pé mesmo. Mas também dá pra ir de carro.
Esse monumento homenageia as tropas da Guarda Nacional que desembarcaram na praia de Omaha naquele 6 de junho de 1944. O interessante é que ele foi construído exatamente sobre um bunker alemão que abrigava um grande canhão usados na defesa das praias.
Monumento aos Bedford Boys da Praia de Omaha
Bedford é uma cidadezinha no leste dos Estados Unidos, a cerca de 320 quilômetros de Washington. Vários jovens saíram de lá para se alistarem no Exército americano na época da guerra.
E então eles chegaram a formar a Companhia A, da 29ª Divisão de Infantaria em 1941. Por fim, mais de 30 daqueles jovens participaram do desembarque nas praias da Normandia e a maioria deles perderam a vida nos combates. É por isso que, em termos proporcionais, a cidade de Bedford foi a que mais perdeu vidas na praia de Omaha e nos combates que se seguiram ao desembarque.
E justamente para lembrar o sacrifícios daqueles militares, foram construídos esse monumento na praia de Omaha, além de um outro nos Estados Unidos, na própria cidade de Bedford. Embora seja apenas uma estátua de um soldado carregando outro, ela é muito significativa por seu simbolismo. E fica bem ao lado do monumento à Guarda Nacional.
Monumento ao 467º Batalhão de Artilharia Antiaérea
Outro marco legal de conhecer fica a 1,5 km do Monumento à Praia de Omaha, só que no sentido leste. Esse homenageia os militares de um Batalhão que sofreu muitas baixas em pessoal e material.
O texto da placa resume bem a homenagem, deixada pelos próprios sobreviventes do Batalhão, em 1994:
Este marco comemora as conquistas do 467º Batalhão de Artilharia Antiaérea que desembarcou nesta praia na manhã de 6 de junho de 1944. O Batalhão sofreu pesadas baixas durante a neutralização dos Bunkers inimigos que guardavam a praia. Um reconhecimento especial àqueles que foram mortos ou feridos nesta e nas campanhas que se seguiram no oeste Europeu. Que seus feitos jamais sejam esquecidos.
E nesse monumento também tem uma homenagem ao Major Bernard Dargols, um francês que serviu no Exército americano.
Sua história é contada na placa em sua homenagem. Ele nasceu em Paris mas em 1938 mudou-se para os Estados Unidos. Em 1940 alistou-se no Exército americano e em 1944 juntou-se ao Serviço de Inteligência Militar.
Ao desembarcar na praia de Omaha, em junho de 1944, ele penetrou as linhas inimigas realizando missões de patrulha. Além disso, tomou parte na liberação de diversos vilarejos e continuou seu avanço até Paris, Bélgica e, por fim, Alemanha.
Onde comer
Hotel Restaurante La Sapiniere
E quando for visitar esse último monumento, aproveite para almoçar no Restaurant Terrasse Jardin. Esse restaurante fica bem ao lado, e é também um hotel.
O local comporta 60 pessoas e, se o tempo permitir, o dobro disso no terraço.
O cardápio é bem variado, com omeletes, costelinha e quiche, por exemplo. Aliás, o quiche é uma delícia. E, como não poderia deixar de ser, não faltam os frutos do mar, camarão, ostra, mexilhão, etc. Afinal de contas, é um restaurante à beira da praia né? rsrs.
O restaurante aceita reserva, é acessível a cadeirantes, tem cadeirinhas para bebês e wifi gratuita.
Restaurante L´Omaha
Esse restaurante fica localizado bem no ponto principal de chegada a Omaha. Fica bem ao lado do Monumento à Praia de Omaha. Por isso, há um grande estacionamento gratuito ao lado.
Ele tem três ambientes, uma área interna, uma área externa coberta e outra descoberta. Aliás, esse último é ótimo pra apreciar a vista pois o restaurante fica à beira-mar. Ele abre a partir das 11 da manhã, nos sete dias da semana.
O prato mais apreciado na região parece ser mesmo a panela de mexilhões, pois vimos várias mesas saboreando essa iguaria. Mas o cardápio, assim como no La Sapiniere, é variado, com grelhados, carnes, peixes e frutos do mar em geral. E ainda tem wifi grátis.
Enfim, é um restaurante simples mas a comida é boa e muito bem localizado. Um boa opção para quem visita a praia de Omaha.
Bem, essas foram nossas dicas dos principais pontos a visitar na praia de Omaha. Mas é claro que uma viagem dessas só estará completa se você explorar cada cantinho, cada esquina da Normandia. Aliás, foi isso que fizemos e, por isso, descobrimos monumentos menores e pouco conhecidos, bem como histórias incríveis escondidas nas cidadezinhas de lá.
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