A 90 quilômetros de Belo Horizonte, a Serra do Cipó é considerada uma das principais atrações turísticas de Minas Gerais. Com uma das maiores biodiversidades do mundo, a Serra abriga o Parque Nacional da Serra do Cipó, destinado justamente a preservar toda essa diversidade. Por isso criamos este post sobre o que fazer a Serra do Cipó, uma região de muitos encantos e opções para o ecoturismo.
Então, continue lendo e confira as dicas super legais que deixamos aqui sobre essa área simplesmente linda, bem pertinho da capital mineira, e que encanta turistas do Brasil e do mundo.
A Serra do Cipó
A Serra do Cipó faz parte da Cordilheira do Espinhaço, a nordeste de Belo Horizonte, próxima da cidade de Lagoa Santa.
Com altitudes de 800 a 1.700 m, a Serra do Cipó já foi, aliás, caminho dos desbravadores que iam atrás do ouro de Diamantina, quando a cidade ainda se chamava Arraial do Tejuco, lá pelo ano de 1713! Pois é, bem antiga!!
Além disso, a Serra ainda tem importância histórica pela quantidade de inscrições e pinturas rupestres que se encontra em grutas e cavernas espalhadas pela região, todas datadas de até 8 mil anos!! Ou seja, tudo isso já dá uma ideia que há muito o que ver e o que fazer na Serra do Cipó!
O Parque Nacional da Serra do Cipó
Então, criado em 1984, o Parque Nacional da Serra do Cipó, como já dissemos, tem por finalidade proteger toda a rica diversidade de flora e fauna da região.
Isso porque, com mais de 33 mil hectares de extensão, a topografia acidentada na área do parque, juntamente com a grande quantidade de nascentes, formam diversos rios, cachoeiras, cânions e cavernas que encantam todos os visitantes.
Quando ir
Cada período tem suas peculiaridades. Nos meses de Setembro e Outubro, por exemplo, é mais fácil fazer todas as trilhas, pois é o período de seca, você não vai pegar chuva, as estradas e trilhas estarão todas acessíveis. Além disso, é quando começa a primavera, a temperatura já não estará mais tão baixa como no inverno. Por outro lado, é provável que você encontre cachoeiras com pouco volume de água e, portanto, menos estrondosas, menos belas.
Já em Dezembro, Janeiro e Fevereiro, apesar de ser verão, esse é o período de chuvas. Então a chance de você encontrar trilhas fechadas por causa da lama é maior. Além disso, até algumas cachoeiras podem estar fechadas por conta do perigo das trombas d’água. Esse é um cuidados que realmente temos que ter nesse período. Mas, por outro lado, é quando as cachoeiras estarão com maiores volumes de água. Por isso é nesse período que elas ficam realmente lindas.
Enfim, independente do período que escolher, tome todos os cuidados, siga as orientações recebidas na entrada do parque e curta o passeio.
Como chegar à Serra do Cipo
A melhor opção para chegar à Serra do Cipó é o carro. É só seguir na MG-010 em direção ao Aeroporto de Confins. Mas você não chega até o Aeroporto, você vai sair antes, na saída 30A, à direita. E tem as placas indicando Serra do Cipó.
Mas caso você more em outro estado e chegue de avião, há várias opções de locadoras no aeroporto. Do aeroporto de Confins são cerca de 60 km até Santana do Riacho, a base de hospedagem para quem visita a Serra do Cipó. Já do aeroporto da Pampulha são 100 km. Em qualquer caso a estrada é boa, toda asfaltada e sinalizada até lá.
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Caso prefira ir de ônibus, a empresa Saritur faz a linha de Belo Horizonte até Santana do Riacho. A viagem dura cerca de três horas e costuma ter dois horários, uma pela manhã e outro à tarde.
O que fazer na Serra do Cipó
Explorar o Parque Nacional
Por isso tudo que já citamos, uma das primeiras opções sobre o que fazer na Serra do Cipó é explorar o Parque Nacional. Pois é, o lugar tem várias trilhas, com diferentes níveis de dificuldades.
Aliás, além de fazê-lo a pé, uma outra boa opção também é a bicicleta. Isso porque assim é possível conhecer mais lugares em menos tempo.
Orientações
Mas é necessário observar algumas regras para a manutenção da biodiversidade e da segurança no parque. Dentre as orientações citamos algumas a seguir, bem resumidas, que se encontram mais detalhadas no site do parque, que citamos adiante.
- Planejamento: confira a previsão do tempo e selecione previamente as atrações que deseja conhecer.
- Segurança: avise à administração a área que pretende explorar, pois, caso se perca, lembre que o resgate pode ser bem complexo dependendo das condições e da área onde estará.
- Lixo: traga sempre seu lixo de volta com você.
- Deixe cada coisa em seu lugar: em outras palavras, tire apenas fotos, deixe apenas pegadas e leve apenas memórias.
Informações
O Parque pode ser visitado durante o ano todo, mas nos dias 24, 25, 31 de dezembro e 01 de janeiro ele fica fechado. A entrada é entre 8:00 e 14:00 e a saída até às 17:00. Além disso, há um limite de até 150 visitantes por dia, por isso, é importante chegar cedo pois não é possível fazer agendamentos, é por ordem de chegada.
Mais informações sobre o parque podem ser acessadas no site do ICMBio – Parque Nacional da Serra do Cipó.
Cachoeira da Farofa
Já dentro do Parque, a Cachoeira da Farofa tem uma queda d’água de cerca de 80 metros de altura. Além disso, ela é a mais popular do Parque. Talvez seja por causa das piscinas naturais que ela forma, além de ser bem bonita.
E pra chegar lá segue-se por uma trilha bem sinalizada, de cerca de 7 km de extensão e duas horas de caminhada.
Cachoeira Véu de Noiva
Essa cachoeira é linda, espremida entre paradões, e é maior do que a da Farofa. Pois é, com uma queda d’agua de 120 metros de altura, o poço na base da cachoeira é ideal para o banho.
Aliás, é bom saber que na área da cachoeira existe uma unidade da Associação Cristã de Moços em Minas Gerais – ACM-MG. Por isso ali tem toda uma estrutura com quadras esportivas, vestiários, banheiros, etc. Aliás, é um excelente lugar para se hospedar, seja em barracas próprias ou nos chalés.
Trilha dos Escravos
E quem quiser conhecer o topo da Cachoeira Véu da Noiva, deve fazer a Trilha dos Escravos. É um passeio muito legal e diferente.
A trilha tem cerca de 2 km de extensão, com calçamento de pedras, aquelas pedras irregulares. Além disso, ela é um pouco íngreme. Por isso tudo, apesar de não ser muito longa, a caminhada leva um tempinho. Mas é um passeio que vale muito a pena. Enfim, o visual do topo da cachoeira é lindo!
Cachoeira Serra Morena
A Serra Morena, na verdade, são duas cachoeiras. Elas não são tão altas, a maior delas é a 2, que tem 40 metros de altura. O acesso até a cachoeira 1 é bem tranquilo, com uma trilha toda fácil de fazer. A da cachoeira 2 não é difícil, só tem um trecho mais próximo que é um pouco mais íngreme, mas nada impossível.
Afastada 15 quilômetros da cidade, o acesso tem um trecho de 6 km de terra, mas é bem tranquilo, bem plano. E as cachoeiras valem muito a pena visitar, o visual pela trilha é lindo e os poços para o banho são deliciosos.
Cânion das Bandeirinhas
A cerca de 6,5 quilômetros da Cachoeira da Farofa, fica esse Cânion lindo! No fundo do Cânion corre o ribeirão Bandeirinhas, com vários poços para banho e vários trechos bem rasos. O lugar é lindo e ideal para se refrescar, cercado de paredões que deixam o lugar, de fato, encantador.
Cachoeira Grande
Essa cachoeira é mais larga do que alta. Isso porque, enquanto tem apenas 10 metros de altura, ela tem 60 metros de largura! E isso é muito legal pois em épocas de pouca vazão, dá pra escolher vários lugares pra ficar no topo, só se refrescando naquelas águas geladas rsrs. Ou seja, a cachoeira pode ser aproveitada em cima, no meio e embaixo rsrs.
Além disso, na parte de cima, dá até pra fazer passeios de caiaque. O acesso a ela é bem fácil, em uma trilha de cerca de 2 km de extensão. Apenas lembre que normalmente ela tem limite de visitantes por dia, então procure chegar cedo.
Cachoeira do Tabuleiro
Esta cachoeira fica, de fato, no município de Conceição do Mato Dentro. De Santana do Riacho até lá, são cerca de duas horas de estrada. Mas vale a pena, principalmente se você quiser conhecer a cachoeira mais alta do estado de Minas Gerais e a terceira mais alta do Brasil.
Pois é, a Cachoeira do Tabuleiro tem incríveis 273 metros de altura! E ela fica no Parque Natural Municipal do Tabuleiro. O acesso até a cachoeira pode ser por uma das três trilhas que tem no parque: a Trilha do Poço da Cachoeira, a do Alto da Cachoeira e a do Mirante. Ou seja, apenas essa última não leva até a cachoeira em si, mas até o mirante de onde se consegue lindas fotos dela ao longe.
A Trilha do Mirante tem cerca de 700 metros de extensão. Ou seja, é bem curta e fácil, toda plana. A do Poço da Cachoeira tem 2 quilômetros e grande parte pelo leito do rio. Por isso ela é mais acidentada, um pouco menos fácil do que a do Mirante mas é tranquila de fazer. Mas cuidado pra não escorregar nas pedras. A Trilha do Alto da Cachoeira já é mais longa. São 8 quilômetros de extensão e vai contornando todo o penhasco, por isso o visual é bem lindo.
Estátua do Juquinha
Juquinha era o apelido de João Patrício, um andarilho da região que distribuía flores aos turistas que iam visitar a Serra do Cipó. Pois é, ele ficou tão famoso que acabou se tornando uma figura tradicional daquela região. Por isso, após sua morte ele ganhou até uma estátua em sua homenagem.
A estátua tem 3 metros de altura, é construída em cimento, e fica na subida da serra. Ou seja, além da estátua, o visual de lá também garante lindas fotos.
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Outras atrações na Serra do Cipó
- Cachoeira do Tomé
- Cachoeira de Baixo
- Cach. do Gavião
- Cachoeira da Braúna
- Cachoeira do Riachinho
- Cach. da Capivara
- Cachoeira das Andorinhas
- Cânion dos Confins
- Trekking do Travessão
Onde ficar na Serra do Cipó
Santana do Riacho: a base
Então, como já dissemos, a base mais comum para explorar a Serra do Cipó é o município de Santana do Riacho. Isso porque é lá onde se encontram a maioria das pousadas. Além disso, é onde se encontram os restaurantes e onde se pode contratar também os pacotes de passeios.
Pousada Quintal da Serra: nossa escolha
Quando fomos nós ficamos na Pousada Quintal da Serra. A pousada é bem agradável, os funcionários são muito simpáticos e atenciosos. A localização também é excelente, pois fica bem próxima da entrada para a Cachoeira Véu da Noiva. Pois é, são apenas 5 minutos andando.
A Pousada fica num local bem tranquilo e residencial. A rua que dá acesso a ela inclusive é sem saída, ou seja, além dos hóspedes, só os moradores transitam por ali mesmo.
Agora confira abaixo outras opções de hospedagem que separamos pra você:
No centro de Santana do Riacho
Na subida da serra
Pousada Cantuá – Nova: a 5 minutos de caminhada da entrada Cachoeira Véu de Noiva, essa pousada é muito bem localizada.
Cipó Hostel: essa não é uma pousada mas um hostel. E fica também pertinho da entrada para a Cachoeira Véu da Noiva, a 170 metros da Cantuá.
Pousadas com maior conforto
Para curtir a natureza
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Mas se você preferir opções de hospedagem que o possibilitem fazer suas próprias refeições, ter mais liberdade ou vai viajar com toda a família ou amigos, talvez escolher sua hospedagem pelo Airbnb seja a melhor opção.
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Áreas de Camping
Para quem pretende outro tipo de hospedagem, como barracas, por exemplo, a dica é a Associação Cristã dos Moços de Minas Gerais. Isso porque eles tem uma boa estrutura de camping pertinho da Cachoeira Véu de Noiva.
Onde comer na Serra do Cipo
Restaurante Panela de Pedra: com mesas ao ar livre e preços razoáveis, é um lugar agradável. Tem música ao vivo e ao lado tem uma espécie de feirinha onde vendem roupas e lembranças. Vale a pena conhecer.
Du Monge Bar: esse é mais no estilo pub, com pratos excelentes! A costelinha e os tira-gostos de carne de porco costumam agradar muito. Também tem música ao vivo e o ambiente é muito legal.
Forneria Bertucci: esse é para os fãs de comida italiana. Ambiente com decoração rústica e bem agradável. A pizza lá é conhecida por ter aquela massa fina e crocante, assada no forno a lenha.
Restaurante Chaparral: enfim, uma dica para apreciar deliciosos pratos à base de frutos do mar. Moqueca, casquinha de siri e lagostim na moranga são algumas das opções muito apreciadas.
Enfim, essas foram as dicas sobre o que fazer na Serra do Cipó. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários e até o próximo post.
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